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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

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FERNANDA CARDOSO PARTICIPA DE AÇÃO CONTRA AUMENTO DE SALÁRIO DE VEREADORES



Com a aprovação do supersalário de R$ 15 mil, os 21 vereadores de São José farão parte de uma seleta parcela da população da cidade com renda mensal acima de 27 salários mínimos. Segundo projeções do IBGE, com base no censo de 2010, menos de 3.000 famílias em São José possuem uma renda superior à almejada pelos parlamentares.

No topo da pirâmide salarial, os vereadores irão se distanciar ainda mais da realidade da maioria dos moradores da cidade. De acordo com dados do Ministério do Trabalho, o rendimento médio do trabalhador de São José é de 4,5 salários ou R$ 2.452 mensais.

“O salário de R$ 15 mil é para nível gerencial, especialistas em aviação. Um salário muito distante da maioria dos trabalhadores da cidade”, disse o economista Roberto Koga.

Segundo ele, o setor de maior remuneração na cidade é o setor público com uma média de R$ 5.123 --9,4 salários mínimos. Em seguida aparece o setor industrial com uma média de 7 salários --R$ 3.815.

“O setor industrial corresponde a metade da massa salarial paga em São José. E a sociedade quer que o salários dos parlamentares se equipare à média”, disse.

Reação. Nas ruas de São José, trabalhadores, estudantes e donas de casa condenaram o aumento no salário dos vereadores e criticaram a atuação dos parlamentares. “É um absurdo esse aumento, porque a maior parte das pessoas trabalha muito mais que os vereadores para ganhar um salário mínimo no final do mês”, disse o promotor de vendas, Cristovão Luiz Lucas da Silva, 33 anos.

Para a coordenadora de vendas Luciana Pereira, 30 anos, o aumento de 80% é um absurdo. “Eles devem estar brincando com a população.”

Função. Para a estudante Margarete Luiz, 26 anos, os vereadores deveriam trabalhar em benefício da população e não em interesse próprio. “Se não valorizam o salário mínimo, por que querem aumentar os próprios salários?”

Das ruas, também saíram propostas de salário para os parlamentares. “Os vereadores tinham é que ganhar um salário mínimo, que é quanto a maioria dos trabalhadores ganha”, disse a aposentada Antonia Lemes, 63 anos. “Eles já ganham bem de mais, não é necessário aumentar”, disse Angela Marques, 46 anos.


FONTE: OVALE